sábado, 29 de dezembro de 2018

TOCA DO SHARK #3 - Reforçando a variedade cultural do universo Rock!



  No terceiro episódio do nosso podcast teremos VAN HALEN, VELHAS VIRGENS & SÉRGIO HINDS (http://tocadoshark.blogspot.com/2011/12/velhas-virgens-o-melhor-e-maior-projeto.html), TALK'IN BLUES, lançamentos com DEE SNIDER, SLAMMER (http://tocadoshark.blogspot.com/2018/12/slammer-do-submundo-infernal-curitibano.html)e ACE FREHLEY, POISON no Rock Hereditário, IKE & TINA TURNER, BLIXTEN (http://tocadoshark.blogspot.com/2018/07/blixten-heavy-rock-80s-com-vocais.html, RITA LEE e uma homenagem à obra de ZÉ RODRIX!
Ouçam, opinem, espalhem, sigam-nos no blog, no Face e no Mixcloud. Vamos espalhar as boas novas!
https://www.mixcloud.com/alexandre-quadros/toca-do-shark-3-wwwtocadosharkblogspotcombr/

 

domingo, 23 de dezembro de 2018

TOCA DO SHARK #2 – Primando pela diversidade pluricultural do universo ROCK AND ROLL.



  No segundo episódio do podcast da Toca do Shark, a novidade surge logo no começo, agora com uma abertura oficial onde notam-se vários riffs de hinos do underground ou não do Rock and Roll, notamos nesta colagem de áudio desde BARÃO VERMELHO e MADE IN BRAZIL até CÓLERA e KISS, passando por RAINBOW e HARPPIA entre tantos outros como a eterna PATRULHA DO ESPAÇO que sempre esteve presente desde o primeiro programa servindo como BG (ou trilha de fundo).
  O repertório deste segundo podcast contou com MADE IN BRAZIL (https://tocadoshark.blogspot.com/2015/07/entrevista-com-oswaldo-rock-vecchione.html) , FIGHT, TIM ‘RIPPER’ OWENS, TUPINAMBHA (https://tocadoshark.blogspot.com/2017/09/tupi-nambha-metal-tribal-da-capital-do.html ) , TUATHA DE DANNAN, TUMULTO (https://tocadoshark.blogspot.com/2017/07/classico-do-hc-paranaense-tumulto.html), ENUFF Z’NUFF, GIRLSCHOOL, EXXÓTICA, TWISTED SISTER no “Rock Hereditário” e INSECTICIDA para encerrar.



TOCA DO SHARK PODCAST #1 - O primeiro completo e oficial!


  Depois da aceitação do programa piloto, agora o programa estréia oficialmente.
  Postado no Mixcloud no dia 30 de Novembro de 2018, o programa passou a ter uma hora de duração, com participação do meu filho Ícaro em seu bloco próprio chamado “Rock Hereditário” onde o território é dele e toca o que bem entender.
  O primeiro programa oficial contou com canções de artistas e bandas como JUDAS PRIEST, GOLPE DE ESTADO (https://tocadoshark.blogspot.com/2017/06/golpe-de-estado-tour-de-30-anos-10-de.html), ICED EARTH, MAESTRICK (https://tocadoshark.blogspot.com/2018/10/maestrick-viagem-sem-hora-nem-lugar.html ), HERYN DAE (https://tocadoshark.blogspot.com/2016/11/heryn-dae-o-peso-do-metal-tradicional.html), JETHRO TULL, DARK AVENGER, BARÓN ROJO, KISS no “Rock Hereditário” e pra finalizar a banda Punk guaçuana GROTESQUE (https://tocadoshark.blogspot.com/2018/10/grotesque-punk-podrao-das-ruas-parte-ii.html)


  Confiram no link do Mixcloud como foi a estréia do programa em seu formato oficial:

TOCA DO SHARK VIRA PODCAST DEPOIS DE 7 ANOS NO AR COMO BLOG




  No último dia 16 de Novembro, depois de 7 anos funcionando apenas como um blog de textos, a Toca do Shark se tornou um programa de áudio, nos moldes dos antigos programas de rádio, atendendo há vários pedidos devido ao meu background como radialista por 6 anos.
  Agora, quinzenalmente você poderá ouvir o programa da Toca via Mixcloud (https://www.mixcloud.com/alexandre-quadros/) ou diretamente aqui no blog.
  O programa sempre será livre de amarras ditatoriais de estilos ou sub-estilos, ou do que as pessoas acharem que deve ser tocado.
   Apresentado por mim e por meu filho Ícaro, iremos sempre primar por músicas menos convencionais. Será misto, teremos tanto bandas brasileiras, quanto de todas as partes do mundo, cantando em qualquer que seja o idioma, desde as mais undegrounds que aparecem nas resenhas da Toca até medalhões que nos influenciaram, só que com canções menos óbvias (para aquelas já batidonas vocês já tem o Youtube e as bandas covers nos barzinhos por aí).
  Vocês podem, vez por outra, se deparar com artistas da conhecida MPB que tem raízes fincadas no Rock and Roll sem nenhuma cerimônia. Ou seja, liberdade pluricultural no que se permeia o universo conhecido como ROCK AND ROLL em suas mais de sete décadas de história, ou mais, se contarmos as raízes no Blues etc...
  No programa-piloto #0, o programa teve menor duração e contou somente comigo, uma espécie de teste para sentir a aceitação do mesmo, mas à partir do primeiro programa oficial #1 os maiores destaques passaram a ficar pro final, o primeiro deles foi e sempre será o bloco “Rock Hereditário” onde meu filho Ícaro tem total liberdade para tocar as bandas e canções que bem entender, abordando o tema escolhido por ele, seja banda, filme, trilha sonora e cultura pop em geral, desde que fora do lugar-comum e pra finalizar sempre uma nova banda da cena nacional com uma mini-biografia.

  Acompanhem as postagens dos episódios. Prometemos muita informação enciclopédica sem chatice, muita variedade sem sermos hipsters, muito Rock and Roll sem sermos óbvios, peso na medida ideal (com canções melodiosas e baladas também), rebeldia sem panfletagem, letras instigantes sem radicalismos xiitas e, claro, muito humor sem pudor.

  Aqui o link do primeiro programa piloto #0:

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

IRON MAIDEN & HELLOWEEN EM CAMPINAS – 20 ANOS DA TRAGÉDIA.



 
Propagando do show que rolou normalmente
em São Paulo no dia seguinte ao caos campineiro
  Dia 4 de dezembro de 1998, ou seja, há exatamente 20 anos a região de Campinas estaria entrando pra história do Heavy Metal no Brasil, mas pelos motivos errados...
  Quando anunciaram que o IRON MAIDEN (na fase Blaze Bayley, divulgando o disco “Virtual XI”) viria tocar em Campinas acompanhado do HELLOWEEN (lançando “Better Than Raw”) a nossa região simplesmente caiu de joelhos! Um sem-número de jovens, adolescentes e jovens senhores de cabelos grisalhos se uniram numa mesma causa e marcharam para Campinas (vindo de todas as partes do interior paulista e sul de Minas Gerais) naquela sexta-feira insuportavelmente quente em busca de realizar sonhos de ver seus ídolos de perto, muitos pela primeira vez, não era meu caso, pois já tinha visto as duas bandas juntas na terceira edição do festival Monsters of Rock de 1996 em Sampa (leia mais sobre: http://tocadoshark.blogspot.com/2016/07/monsters-of-rock-iii-20-anos-depois.html).
  Eu, saindo de Mogi Guaçu, enchi uma van com fãs ardorosos de Metal e chegando lá encontrei mais uma porrada de amigos da nossa cidade por lá, torrando naquele solão que em pouco tempo se converteu em nuvens negras e pesadíssimas (sem trocadilhos), sim, não menos que de repente uma tempestade daquelas dignas de páginas da Bíblia caiu sobre Campinas, fodendo literalmente com todo mundo que amargava horas (alguns há dias) naquela maldita fila do lado de fora do estádio de futebol do time campineiro Guarani, o “Brinco de Ouro da Princesa”, como é conhecido.
Antes da tempestade era tudo festa.

  Após horas e com a noite chegando, a turba de cerca de seis mil fãs começaram a forçar os portões quando a segurança do evento resolveu deixar todo mundo entrar, sem nem botar as mãos sobre nós em revistas ou para pegar os ingressos, sim, foi um verdadeiro estouro de boiada, eu fiquei com o ingresso no bolso de trás da minha calça e a água não parava de cair... (outros entregaram seus ingressos mais tarde)
  Quando avistei o palco falei pra um colega que estava comigo, o Luiz Cláudio: “...véio, o que é aquilo ali? Um palco de comício?” ao que ele me retrucou: “... não sei, mas vamos colar na grade, hahaha ...”
  GRADE? QUE GRADE?
  Juro, não tinha NADA que me impedisse de arrancar o tênis do Steve Harris assim que ele botasse o pé no retorno. Estávamos debruçados na beirada do palco e aquilo tava cheirando muuuuuito mal, outros amigos ali do lado estavam tão chumbados de goró que nem ligavam, mas eu tava ‘somando 1+1’ e notei que não haveria remota possibilidade de uma banda grande tocar naquelas condições. A única referência ao MAIDEN que ali estava era a ‘casinha’ de onde o EDDIE saía durante os shows, montada atrás dum kit de bateria sem vergonha de pequeno. E o HELLOWEEN? SIM, nós ali na frente vimos Markus Groskopf (baixista) espiando a platéia de dentro daquela casinha do EDDIE e ele ainda nos deu um tchauzinho daquele jeitão risonho dele. Eles (o HELLOWEEN) estavam ali no estádio, já Steve e Cia eu duvido muito. Há quem diga que eles estavam no helicóptero que sobrevoava o estádio, mas, enfim...

  Dizem que os portões foram fechados em mais duas mil pessoas ficaram lá fora e foram avisadas que não haveria mais o show devido à chuva e os estragos causados no palco, mas nós, lá dentro só fomos avisados mais umas horas adiante, por volta das 23 hs e à essa altura a galera já tava de saco cheio e arrancando os tapumes de madeirit que protegiam (?) o gramado e fazendo cabaninha pra se enfiarem debaixo, quando uma voz saiu do P.A. anunciando o ‘adiamento do show’ os fãs começaram a jogar aquilo tudo contra o palco. Eu e o Luiz Cláudio corremos pra barraca de merchandising do HELLOWEEN que estava montada no estádio, onde comprei minha camiseta quando entramos e a barraca tinha desaparecido, ele ainda me falou pra corrermos pra fora, pois a ‘chapa ia esquentar’. Nessa hora a Tropa de Choque da PM já tinha tomado o estádio, olhei pra trás e vi nego em cima do palco arrancando tudo que tinha de equipamento e lançando pra longe, pratos e ferragens da pequena e solitária bateria, caixas de retorno, tinha gente dependurada na fraca estrutura de iluminação arrancando os holofotes e mandando pro gramado... corremos pra portaria do estádio à fim de sairmos de lá com vida, mas um PM veio de frente e tentou me acertar com o cassetete, ao que eu dei muita sorte de desviar. Tentamos ir pra uma espécie de ‘globo de vidro’ parecido com um aquário pequeno que estava cheio de ingressos na entrada, e do nada surgiu um cara dando voadora naquilo, que cuspiu ingressos pro ar e pro chão ensopado. Nosso falecido amigo Marquinho e seu filho Roger cataram um monte daqueles ingressos.

  Como não conseguíamos sair do estádio e o risco aumentava, corremos arquibancada acima quando encontramos dois amigos mais novos que foram de carro com outro cara, o Polaco e o Marolo, os dois em seu primeiro show internacional, eles ainda eram menores de idade na ocasião. Chamamos eles e nos ilhamos lá no topo da arquibancada, longe da confusão e da polícia. De lá de cima, com visão privilegiada assistimos por cerca de meia hora ou mais a praça de guerra que o estádio tinha se tornado. Tiros de borracha e bombas de efeito moral estouravam feito pipoca, gente dando e levando porrada pra todo lado, sangue, muito sangue, muito suor e muita chuva! Quando o barulho diminuiu descemos e encontramos condições de sair do estádio. Ficamos olhando de longe, um quarteirão de distância, de uma esquina ao lado de uma boa meia-dúzia de motos da polícia, pois precisávamos achar os outros integrantes da nossa van para podermos voltar pra casa. De novo, do nada surge um doido com um cone de trânsito nas mãos e golpeia a primeira moto derrubando ela e desencadeando um efeito dominó, motos por cima de motos, retrovisores e pedaços diversos das carenagens voavam e a polícia vinha pra cima de novo. BORA CORRER OUTRA VEZ CARAIO!
  Quando resolvemos que era hora de ir pra van e parar de correr, encontramos quase todo mundo dentro da mesma nos esperando, QUASE TODO MUNDO, pois ainda faltavam uns 2 ou 3, não lembro, entre eles o Rafael (futuro vocalista do INSIGNIA) ao qual eu e o Cláudio voltamos pra procurar. “PUTA QUE PARIU, vamos ter que descer naquela desgraça de novo?” Pois é, daí já avistávamos uma catraca do estádio no meio da rua, que isso meu? Quem teria força pra isso? Hulk?

  Eis que, no dia seguinte, com todos nossos camaradas sãos e salvos de volta aos seus lares, estava eu acompanhando os noticiários, vi que devolveriam o dinheiro dos ingressos pra quem ainda o tivesse em sua posse. FALA SÉRIO? Eu tinha o que equivalia a 50% dele, o resto era farelo que ficou grudado no bolso de trás da minha calça com tanta chuva, mesmo assim eu ia pra Campinas pegar minha grana de volta. Resolvi ligar para alguns amigos que foram no show pra ver quem tinha ingresso, eu reuniria eles e pegava a grana pra todos, era só eles pagarem minhas passagens de ida e volta. Quando fui a casa do Marquinho ele veio com um saco com cerca de 50 ingressos ou mais (lembra que eu falei que o filho dele tinha recolhido uma porrada de ingressos pelo chão, quando estouraram a bola de vidro?). Ele me deu uns 6 daqueles e disse “...pode ficar com a grana desses pra você...”
  No primeiro dia marcado pra trocar os ingressos nas bilheterias do estádio eu fui, uma baita fila, muita polícia e sol, mas desta vez a imprensa tava em cima, carros da Globo e SBT regionais e outros jornais e rádios de plantão e muita gente que não conseguiu receber a grana dando entrevistas. Daquele saco de ingressos que levei, muitos foram descartados devido à situação deteriorada deles, inclusive o meu (que eu deveria ter guardado de lembrança), mas mesmo assim, voltei com uma bolada de grana no bolso.

  Antes de voltar pro Guaçu, passei numa espécie de livraria que tinha vários LP’s na vitrine e torrei minha parte toda em vinil (exceto o valor das passagens, óbvio). Comprei umas relíquias impecavelmente conservadas que tenho e adoro até hoje, entre eles um SCORPIONSTaken by Force” e dois QUIET RIOT, “Metal Health” e “Condition Critical”, ou seja, pra mim, que já tinha visto as bandas dois anos antes, o saldo desse caos todo foi positivo, pois voltei com uma pá de vinil debaixo do braço e muuuuuuuitas histórias pra contar e relembrar até hoje, vinte anos depois!
  Ah, sobre o produtor dessa tragédia, bem, parece que mataram ele 10 anos depois... enfim... essa é a vida.


Fotos de recortes de jornais regionais dos arquivos do Shark.
(Alexandre Wildshark)

sábado, 27 de outubro de 2018

MAESTRICK – Viagem sem hora nem lugar para acabar!




BANDA: MAESTRICK
DISCO: “Expresso Della Vita: Solare”
ANO: 2018
SELO: Som do Darma/ Die Hard (http://somdodarma.com.br/pt/)
FAIXAS:
1.  Origami/
2.  I A.M. Living/
3.  Rooster Race/
4.  Daily View/
5.  Water Birds
6.  Keep Trying/
7.  The Seed/
8.  Far West/
9.  Across the River/
10.      Penitência/
11.      Hijos de La Tierra/
12.      Trainsition/

    Todo mundo aí já deve ter feito uma longa viagem na vida, se não de trem (que pena que acabaram com eles, né?), de ônibus, avião, etc...
    Pois bem, uma longa viagem é uma jornada, uma aventura da qual você só tem certeza do local e horário de embarque, o que acontecerá no percurso ninguém pode prever, pessoas que por ventura você conheça no trajeto, ou depois dele, enfim, o MAESTRICK (bandáça formada há 12 anos em São Jose do Rio Preto/SP) traz neste disco novo uma proposta ousadíssima, um disco conceitual que simula uma viagem de trem de 12 horas (durante o dia, por isso o nome ‘Solare’) em que a pessoa vivencia situações da vida humana e em breve teremos a segunda parte, com mais 12 horas de vida, mas à noite, “Expresso Della Vita: Lunare”, mas isso será mais pra frente, por isso, vamos nos ater a esta primeira parte.

    Com uma sonoridade que mescla o que há de melhor em ‘Rock sensorial’, algo que por vezes te remete à obra de gigantes do progressivo como YES, E.L.P., JETHRO TULL, ASIA, passando por mestres do Hard/Heavy como QUEEN e RUSH e até umas pitadas do alien JOE SATRIANI, esse caldeirão de sonoridades te leva mesmo pra uma experiência de viagem sem aditivos químicos, somente no áudio, uma obra tão requintada, apurada, de quilate exacerbado e feeling descomunal. E não para por aí, a banda, hoje formada por Fábio Caldeira (vocal/piano), Renato Somera (baixo/vocal), Heitor Matos (bateria/percussão) e Neemias Teixeira (teclados) contaram com algumas participações especiais que deram o tempero certo para deixar esse disco com a cara de MAESTRICK e não de nenhuma de suas referências e/ou influências. A saber, a banda contou com uma orquestra/coral com cerca de 23 músicos dando corpo a parte sinfônica do álbum. Também contaram com o percussionista Fernando Freitas (professor do Projeto Guri), os instrumentistas Leonardo Almeida e Rodrigo Pimentel nas cordas do banjo, dobro e ukulele e Adair Daufembach como produtor e guitarrista. Como visto as participações não são de nenhum Rockstar famoso e sim amigos e pessoas próximas, tanto que até a avó do vocalista, Dona Rose, participou da belíssima canção ‘Penitência’ cantando angelicalmente um trecho desta canção com letra em português brasileiro/caboclo/indígena e muita musicalidade brasileira.


    A capa e o encarte são obras de arte paralelas que complementam a viagem com riqueza de detalhes, fotografias e letras, tudo obra da artista plástica Juh Leidl (também vocalista da banda campineira Threesome - http://tocadoshark.blogspot.com/2018/01/threesome-estetica-sexualmente-hard-rock.html ).
    Toda essa relevância cultural levou o MAESTRICK a rodar a Europa (atualmente) e a firmar contrato com uma major japonesa, a Marquee/Avalon e pretendem também conquistar sua terra natal, afinal, a nossa esperança, tanto de artistas, quanto de público é que o Brasil volte a ser um exportador de grandes artistas de Rock (isso já é uma realidade há décadas) e que esses artistas também tenham êxito por aqui. Pra isso façamos nossa parte e abaixo deixo links para que você aí do outro lado conheça e contribua com o legado artístico dessa banda maravilhosa chamada MAESTRICK:




sábado, 6 de outubro de 2018

GROTESQUE – Punk podrão das ruas parte II



BANDA: GROTESQUE
DISCOS: “Punk da Periferia”
ANO: 2017
SELO: Independente
FAIXAS:
1.  Brasil/
2.  Todos Iguais/
3.  Sorria/
4.  Punk da Periferia/
5.  Capitalismo/
6.  Holocausto/
7.  Esmague/
8.  Pogo no Salão/

    Desde 2013 na ativa com esta formação que conta com Tubarão Millares (vocal), Régis (baixo-ex TOXEMIA), Marlos (bateria-ex TOXEMIA, SUCO DE LIXO) e Sandro (guitarra-ex MOTORHEART, METALMAD) a banda chegou ao seu segundo disco cheio e lá vem mais 8 faixas mal-educadas do Punk Rock podrão das ruas, como eles mesmo se intitulam.
    E é isso mesmo que a banda é, vinda das ruas não há escolha em relação aos seus posicionamentos e aqui temos belíssimos exemplos do que o povo sente em relação à república em que vivemos desde 1500.
Punk Rock podrão e mal educado heheh
Sandro (g) e Tubarão (v)

    O CD já abre com ‘Brasil’ uma faixa que é o verdadeiro raio-x desse país, temos também ‘Sorria’, uma faixa divertida que relembra até a clássica canção de mesmo nome do EVALDO BRAGA. Ainda com esse clima de pogo e diversão com letra ácida temos ‘Punk da Periferia’ (essa não tem nada a ver com a do GILBERTO GIL, ok?) e ‘Pogo no Salão’.

    Um protesto contra os horrores da guerra nazista seria a faixa ‘Holocausto’ mas também espirra na letra de ‘Esmague’ que bem ataca todo tipo de preconceito. É bom aproveitarmos agora pra expelir essas opiniões sem correr o risco de prisão, pois em breve não será mais possível, aja visto o levante fascista que assolou nosso país nos últimos quatro anos.
Sandro (g), Marlos (bt), Tubarão (v), Régis (bx)
GROTESQUE
    Pra desbaratinar o texto faltou falar da segunda faixa ‘Todos Iguais’, que mostra bem como é a rotina de quem quer se sentir incluído num grupinho popularmente guiado pela moda, ah, isso existe desde sempre, mas é assim mesmo.
    Em suma, quer Punk Rock simples, direto, tosco, das ruas, panfletário e divertido? A resposta é GROTESQUE.
    Contatos:





sábado, 29 de setembro de 2018

BASTARD GOD – Grind seco direto na cara!



BANDA: BASTARD GOD
DISCO: “Universal”
ANO: 2017
SELO: Brutal Alien Records/ El Brujo Discos D.I.Y.
FAIXAS:
1.  Acomodado/
2.  Crianças sem Esperança/
3.  Foda-se/
4.  Bastard God/
5.  Vote em Ninguém/
6.  Deus/ (S.O.V. cover)
7.  Boneco do Estado/
8.  Igreja Universal/
9.  Sociedade do Espetáculo/
10.      Tragédia Anunciada/

    Finalmente na Toca do Shark a resenha deste que é um dos principais nomes do Grind/Crust/HardCore da região entre Campinas e Mogi Mirim/SP.
    Formada a mais ou menos uns 4 anos em Campinas a banda conta com Caballero (baixo), Guinho (guitarra), Porcão (bateria) e Amarildo (vocal) que já foi vocalista das bandas TOXEMIA de Mogi Guaçu e SCENES OF VIOLENCE de Mogi Mirim nos anos anteriores.
BASTARD GOD

    A banda é uma verdadeira metralhadora giratória sonora, com letras que destilam nossas frustrações com as instituições sociais estabelecidas há séculos, como a mídia (‘Crianças sem Esperança’), a igreja (‘Igreja Universal’, ‘Bastard God’, ‘Deus’), as urnas ditas democráticas (‘Vote em Ninguém’) e o braço armado do estado (‘Boneco do Estado’) entre outros grandes problemas da massa, como a imprudência no trânsito que põe muitas vidas a perder e famílias destruídas diariamente sem nenhuma punição por parte da lei (‘Tragédia Anunciada’)
    Você até pode dizer que tudo isso é batido e clichê, mas você quer coisa mais clichê do que a rotina em que vivemos desde que fomos concebidos? A vida é uma sucessão de clichês, então, não venha desmerecer uma banda justamente por transformar os sapos engolidos dia-a-dia em arte de confronto. Se a grande maioria fizesse isso, os psicólogos e psiquiatras teriam que trocar de profissão!
    Aqui você vai encontrar tudo, menos hipocrisia e meias-palavras, é Grind, Noise, Crust, HardCore, secão e direto na boca do estômago, sem demagogia ou melodia.
Caballero (bx), Guinho(g), Amarildo (v), Porcão (bt)
BASTARD GOD

    Contatos imediatos ficam por conta das redes sociais e e-mail da banda:



segunda-feira, 3 de setembro de 2018

THE GARD - banda brasileira com personalidade de sobra pra invocar os deuses do Peso!



BANDA: THE GARD
DISCO: “Madhouse”
ANO: 2018     
SELO: Independente/ Som do Darma
FAIXAS:
1.  Immigrant Song/
2.  Play of Gods/
3.  Madhouse/
4.  The Gard Song/
5.  Music Box/
6.  Back to Rock/
7.  Kaiser PF the Sea/
8.  Panem ET Circenses/

    Quando o disco caiu em minhas mãos, logo de cara notei que a primeira faixa era um ‘cover’ do LED ZEPPELIN (mesmo antes de ouvir) e já fiquei frustrado, pô, a banda começa seu disco autoral em pleno século XXI com um cover? E ainda o lança como single? Deixei um pouco de lado o CD e fui ouvir outras bandas que tinha chegado em minhas mãos, até que chegou a hora de tirar o lacre dele e botá-lo pra rodar: Pois bem, realmente começava com a canção do LED, mas, não era a canção do LED. Calma que eu explico. A canção, a melodia, a música que começou a sair dos auto-falantes do meu aparelho não condiziam com os magos ingleses e até me lembrava um pouco nossas raízes, nossas violas, não tão regionalizadas, mas, mais atemporais e etéreas que o usual, uma melodia totalmente original, ali já me animei, pois a banda não apenas fez um ‘cover’ de um clássico do LED, mas sim, o desconstruiu e recriou a obra, mantendo apenas, algumas referências aos acordes originais e a letra original, ou seja, meio que a transformaram em uma canção com a identidade do THE GARD e isso por só já me conquistou.
    Conquista essa que se arrastou disco adentro, com uma sonoridade ímpar com as raízes profundas nos 70’s esse power-trio de Campinas/SP formado por Beck Nolder (bx/v/g), Allan Oliveira (g) e Lucas Mandelo (bt/bv) desfilou canções com instrumentos exóticos como bandolim em ‘The Gard Song’ e glockenspiel (uma espécie de caixinha de música antiga em ‘Music Box’.

    Como os três são acadêmicos de música, eles usaram muitas referências de Jazz e Música Erudita (como em ‘The Gard’) chegando à tão sonhada identidade musical própria.
    A capa tem um destaque todo seu. Com fundo branco e desenhada por Samir Monroe, destaca-se a gravura de um velho casarão representando o tal hospício que deu nome ao disco sem se prender aos clichês que fosse esperado.
    Em ‘Music Box’ além do toque suave da caixinha musical esperada senti aquela leveza e sensibilidade de nomes como THE BEATLES nos vocais e da banda REI LAGARTO nas guitarras e vozes, em tempo, o REI LAGARTO foi uma banda dos anos 90/2000 de Hard Rock da mesma cidade que o THE GARD.
    Já na próxima, ‘Back to Rock’ a banda cumpre o que anuncia e volta com todo peso que se espera, comandada pelo baixão pulsante do também vocalista Beck Nolder (que vocal alto cara!) a banda desce a laje, principalmente no refrão.
    Pois bem, não dá pra ficar aqui falando demais, o negócio é pegar pra ouvir.
    Deixo essa recomendação praqueles que estão na captura de bandas com pegadas setentistas, com o LED ZEPPELIN e afins como farol, pros que estão nessa de procurar um ‘salvador da lavoura’ (bobagem) e que tão boquiabertos com cópias vindas da gringa, ao menos os nossos tem personalidade, seguem os links: