quarta-feira, 27 de setembro de 2017

TUPI NAMBHA – Metal tribal da capital do país honra nossas raízes sem vergonha ou meias palavras!



BANDA: TUPI NAMBHA
DISCO: “Invasão Alienígena”
ANO: 2016
SELO: Independente (www.tupinambha.com.br)
FAIXAS:
1.  Invasão Alienígena/
2.  Antropofagia/
3.  Tribo em Guerra/
4.  Tupi Nambha/
5.  Galdino pataxó
6.  Feiticeiro/
7.  Ayahuasca/

  Eu sempre fui um grande entusiasta do Heavy Metal brasileiro, quando ele é cantado em bom português eu fico mais fissurado ainda, agora quando ele defende nossas raízes, aí é paixão mesmo, principalmente quando a dedicação dos músicos envolvidos é tamanha ao ponto deles desenvolverem fluência suficiente na nossa língua primária, o Tupi ao ponto da banda escrever e cantar nesta língua, aí eu vejo que o material deve ser louvado acima da média, principalmente por que o material é de excelente qualidade sonora!

  O TUPI NAMBHA do Distrito Federal (Recanto das Emas/Brasília) não é a primeira e nem a única banda a fazer isso, pelo contrário, temos aí grandes expoentes como o ARANDU ARAKUAA e uma galera forte daquele coletivo que ficou conhecido anos atrás como “Levante do Metal Nativo” que levam a público nossas raízes nordestinas e indígenas, algumas chegando a cantar em línguas indígenas em uma faixa ou outra inclusive, mas um disco todo eu só vi até agora o ARANDU ARAKUAA e o TUPI NAMBHA aqui citado com este primeiro EP de extrema qualidade sonora, gravação de primeira, peso do Heavy Metal e muitas percussões tribais (nada que se chame de exagerado, diria necessárias). Falando assim muitos lembrarão do SEPULTURA e até do ANGRA, mas aqui não vejo relações, o trabalho desta banda é bem original e a cara deles, aliás, uma dupla de músicos na verdade, Marcos Loiola e Rogério Delevedove desenvolveram esse baita material todo cantado e escrito em Tupi antigo com auxílio do Tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro e do desenhista João Rafael que desenvolveu toda arte esclarecedora da capa e encarte muito detalhado com a inclusão das letras.
Marcos Loiola (v) e Rogério Delevedove (g) - TUPI NAMBHA

  Um adendo cabe aqui. Eu gostaria de ver nos encartes também as letras em português para maior assimilação dos temas por parte de nós reles mortais que não dominamos vergonhosamente nosso dialeto ancestral. Mas creio que a falta de grana e espaço impossibilitou isso à princípio, o que pode ser resolvido num futuro lançamento.

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