sábado, 15 de julho de 2017

KAMBOJA – “Até o Freio Estourar”


DISCO: “Até o Freio Estourar”
ANO: 2017
SELO: Baratos Afins (http://www.baratosafins.com.br/)
FAIXAS:
1.  Filha dos Anjos/
2.  Pra Sempre Campeão/
3.  LOCO – MOTIVA/
4.  Janela dos Tolos/
5.  Ziriguidum Blues/
6.  Frágil como o Vidro/
7.  Célia/
8.  O Canto da Morte/
9.  S-21
  Em 2013 eu descobri uma banda nova no melhor estilo ROQUENROU que contava com Paulão Thomaz (na época do BARANGA) na bateria e o histórico dele ajuda, afinal, pra mim, o Paulão Thomaz é uma espécie de ‘Midas do Rock Pesado Brasuca’, afinal, som que tem suas baquetas, vira ouro (vejam CENTÚRIAS, FIREBOX, BARANGA, GÜDENLAWD, CHEAP TEQUILA, etc...) e no balcão do bar (lugar sugestivo) da casa de shows onde iria rolar o festival “Super Peso Brasil” no mesmo ano, eu encontrei o Fábio Maka, vocalista desta promessa, lá fiz uma rápida entrevista com ele (http://tocadoshark.blogspot.com.br/2014/01/kamboja-o-novo-ataque-sonoro-do-rock.html) e desde então sempre foi um grande prazer acompanhar os sucessivos trabalhos desta banda que chega agora ao seu terceiro disco cheio que, pra dar mais moral, foi lançado pelo lendário selo Baratos Afins do Luiz Calanca, figura que nunca lançou porcaria nesses últimos 40 anos e está investindo pesado nesse disco novo do KAMBOJA que também conta com o excelente guitarrista Edu Moita e o versátil baixista Edu Fiorentini.
Maka (v), Paulão (bt), Moita (g), Edú (bx)
  Pois bem, as letras são em bom português sobre situações notívagas, sacanas, lascivas como em ‘Filha dos Anjos’, ‘LOCO MOTIVA’ e ‘Ziriguidum Blues’, a mais criativa pra mim, que narra a cruza de um rockeiro nato com uma mulata passista de escola de samba, dando uma liga poderosa, vale muito à pena acompanhar esta letra que é uma saga das mais picantes.

  Mas também temos letras sérias como ‘Pra Sempre Campeão’, tributo da banda ao eterno herói brasileiro Ayrton Senna, ‘Janela dos Tolos’ sobre os julgamentos virtuais aos quais somos sujeitos todos os dias. Temos também ‘Frágil como o Vidro’ narrando dificuldades diárias de nossas vidas e ‘Célia’ uma singela canção que homenageia todas as grandes e lutadoras mulheres que nunca fogem às lutas impostas pela dureza do dia-a-dia. O peso também tem espaço em ‘O Canto da Morte’ e pra fechar o disco uma estória triste e canção tão densa quanto o tema, ‘S-21’ que foi uma espécie de DOI-CODI do Camboja na ditadura vivida por lá nos anos 70, hoje lá temos o Museu do Genocídio, só pra terem uma ideia.

  Esse é aquele disco que o cara só não gosta se for louco ou tiver um péssimo gosto, pois não há meias notas nem meias palavras, é como diz o título, um trem descarrilado pra cima da audiência. Vai KAMBOJA!
Corra atrás do seu: http://www.baratosafins.com.br






KAMBOJA com o patrão Calanca na porta da firma Baratos Afins

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