sábado, 27 de maio de 2017

FALLEN IDOL - Doom Metal como os mestres do estilo, vindo do interior de SP


DISCO: “Seasons of Grief”
ANO: 2016
Roadie Metal (www.roadie-metal.com)
FAIXAS:
1.  Seasons of Grief/
2.  Nobody’s Life/
3.  Unceasing Guilt/
4.  Heading for Extinction/
5.  The Boy and the Sea/
6.  Worsheep Me/
7.  Satan’s Crucifixion/

  Banda de Arujá/SP, formada em 2012, o FALLEN IDOL pratica um Doom Metal da melhor qualidade, com excelência de quem conhece o estilo nos seus mínimos detalhes, sem dever nada pra gringo nenhum.
  Comumente eu cito bandas renomadas internacionais em comparação e influências nas canções não para desmerecer o artista nacional e/ou traçar uma espécie de comparativo (longe disso), mas sim, pra situar o leitor e ele saber em que território a banda circula antes dele ouvi-la e neste caso eu citaria doses cavalares de CANDLEMASS, HEAVEN AND HELL, PARADISE LOST, CELTIC FROST e até uma certa pitada de ICED EARTH clássico aqui e ali sem aquela velocidade toda, afinal temos aqui uma banda de Doom legítima e que tem em “Seasons of Grief” um material de altíssima qualidade para apresentar, desde a concepção gráfica que embala a música até as letras, passando por riffs gordurosos provenientes das linhas de baixo de Márcio Silva e das guitarras de Rodrigo Sitta que também é vocalista e tem uma interpretação quase sobrenatural nas faixas, com seu vocal predominantemente limpo e interpretativo que em muitas passagens sobe o tom de acordo com o que pede a letra, criando assim um jogo de vocalizes muito artístico, tudo isso guiado por baterias precisas e bem executadas por Ulisses Campos.
Márcio Silva (baixo), Ulisses Campos (bateria) e Rodrigo Sitta (vocal/guitarra)
FALLEN IDOL

  A canção mais rápida do disco, fugindo um pouco da atmosfera Doom seria ‘Heading for Extintion’ que me lembrou uns riffs meio SAVATAGE com SABBATH da fase “Dehumanizer”, contando com uma linha de teclados de filmes de terror dos anos de ouro do estilo e uma bateria ‘metrancada’ de Ulisses que dá aquele brilho pra coisa toda!
  Também um pouco mais acelerada, a faixa ‘The Boy and the Sea’ tem um andamento cavalgado no começo, mas que depois de um solo de guitarra inspiradíssimo entra numas nuances meio KING DIAMOND, atmosfericamente falando, uma viagem sobrenatural de extremo bom gosto.
  O trabalho de apenas 7 faixas brilhantes fecha com uma mega canção, não tenho como descrevê-la, à não ser com um palavrão, FUDIDA!
  ‘Satan’s Crucifixon’ começa com aquele riffão patenteado pelo Iommy e descamba pra uma orgia de velocidade e vocal altíssimo, aquele tipo de som que um Headbanger ama de devoção! E o solo então? Outro palavrão se faz necessário: PUTAQUIPARIU! (Dá uma ouvida, por favor: https://fallenidol.bandcamp.com/track/satans-crucifixion)

  O disco foi dedicado à memória de Alex Rangel, vocalista do ATTOMICA que faleceu em um acidente automobilístico em 2015.


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