domingo, 20 de março de 2016

JÄILBÄIT - BIFA NO ESTÔMAGO VINDA DAS ALAGOAS BRASILEIRAS!


BANDA: JÄILBÄIT
DISCO: “Who da Fuck are You?”
ANO 2015
SELO: Independente (http://roadie-metal.com/ )
FAIXAS:
1.  We are Jäilbäit/
2.  Going to Wacken/
3.  Take it Easy/
4.  Jailbait Squad/
5.  Just a Boy/
6.  Do You Wanna be a Rockstar?/
7.  Otaro (Sucker)/
8.  Born to Win/
9.  Lone Wolf/
10.      Bäit Blues/

  TAKIPARIU! É a primeira palavra que vem à tua boca quando você ouve essa banda ríspida, casca-grossa e ROCK AND ROLLER de Alagoas chamada JÄILBÄIT!
  Na boa, tudo que a tua cabeça alarma é MOTÖRHEAD, WARFARE, FASTWAY, RAVEN, IRON MAIDEN (do começo), GIRLSCHOOL, TANK e mais MOTÖRHEAD a começar pelo nome da banda (de uma canção do MOTÖRHEAD) e da grafia com tremas (¨), daí entra o som com guitarras uni sônicas (de Adailton Junior), baterias barulhentas (de Cleyton Alves), baixos distorcidos (de Wilson Santos) e vocais graves e roucos (por conta de Zeniltilde Neto), mas que quando puxa nos agudos se aproxima de Bruce Dickinson, sei lá, é bem mágico mesmo o som deles.
Adailton Jr (g), Cleyton Alves (bt), Wilson Santos (bx) Zenitilde Neto (v)

  Segundo consta, a banda é de 2013 e passou a copa de 2014 toda em estúdio pra nos presentearmos com esse puta play fudido!
  A primeira vem na linha MOTÖRHEAD e apresenta ao que vieram, por isso o sugestivo nome de ‘We are Jäilbäit’, a segunda é uma ode a tudo que sonhamos, ‘Going to Wacken’ com aquele refrão que se aproxima do Dickinson como citei antes. ‘Just a Boy’ poderia bem sair daquele encontro mágico entre o trio britânico com as meninas casca-grossa do GIRLSCHOOL.
  ‘Do you wanna be a Rockstar?’ e ‘Otaro (Sucker)’, seguem naquela linha da coceira mesmo, urgente e imediata, headbangin’ como se não houvesse amanhã.
  ‘Born to Win’ tem essa conotação motorheadiana no título e é cadenciada até a metade, depois que ‘a garrafa quebra’ o coro come sem dó!

  Pra fechar tem ‘Lone Wolf’ lá no alto mantendo o pique do disco todo, ditado pelo baixão gorduroso com uma bateria irrepreensível na parceria, criando o cenário pra guitarra e a voz esmerilharem o Heavy’n’Roll impiedoso desses quatro rapazes de Paripueira/AL que resolveram encerrar esse primeiro disco com um bluesão elétrico e Rockeiro chamado ‘Bäit Blues’ que nos surpreende com um piano boogie-woogie bem tocado e gravado por Jhonata Barros sem pudores.
  Material altamente recomendado e que TEM que ser conhecido e adquirido por quem tem ROCK AND ROLL na veia!
  Os canais são esses:



sábado, 12 de março de 2016

RICARDO "MICKA" MICKAELLIS abre o Box! – BRASIL HEAVY METAL


RICARDO "MICKA" MICKAELLIS abre o Box e conta tudo sobre este ambicioso projeto documental sobre a história do Heavy Metal brasileiro

TOCA DO SHARK: O Projeto cinematográfico “Brasil Heavy Metal” que começou a ser idealizado e divulgado cerca de 8 anos atrás está finalmente na reta final e às vésperas de chegar nas mãos dos interessados. Conte-nos como foi essa Epopeia, essa Cruzada em nome do Metal Nacional.
RICARDO "MICKA" MICHAELIS: Inicialmente muito obrigado à TOCA DO SHARK pelo apoio ao projeto.
  Você tem razão, uma verdadeira epopéia. Conseguir resgatar essa história de uma forma completa, honesta e verdadeira é o nosso objetivo.
  Notamos que não havia nenhum documento que abordasse de uma forma abrangente este período entre 1980-1989 onde tudo surgiu. Então arregaçamos as mangas e começamos a contactar os personagens que ajudaram a construir essa história.

T.S.: No começo a ideia seria apenas de um simples documentário do tipo que o Gastão Moreira fez com o Botinada sobre o Punk-BR ou aquele Ruído das Minas sobre o Metal mineiro?
MICKA: Sim. Normalmente documentários são baseados em narrativas e depoimentos. Partimos inicialmente com este critério mas ao longo dos anos foram surgindo muitas ideias legais e a iniciativa de introduzirmos a dramaturgia nos pareceu interessante e inovadora. Acreditamos que com isso conseguiremos transportar o Headbanger para aquele período pois ficamos atentos a cenografia, objetos de cena, figurinos, linguajar e detalhes importantes para a reconstrução daquele ambiente. Fatos políticos e sociais que aconteceram naquele período são mencionados e impactaram no comportamento daquela juventude.


T.S.: Com tantos anos captando materiais, entrevistas e matérias, aliadas às já existente em arquivo, imagino que ficará muito material raro de fora ainda. Corremos o risco de ter um disco com extras, ou uma segunda parte do filme lançada num futuro próximo?
MICKA: Não planejamos uma “parte II” deste período. O filme é bem completo, com muitas histórias e depoimentos emocionantes. Teremos material extra no DVD.

T.S.: Dê nome, se possível, aos responsáveis por essa empreitada, os que estão por trás suando a camisa pra esse projeto virar realidade desde o começo.
MICKA: Nossa equipe aqui da IDEIA HOUSE (www.ideiahouse.com) tem sido maravilhosa e muito empenhada, acreditando muito neste sonho. Editores, designers, técnicos, cinegrafistas, diretores, produtores, cenógrafos, maquiadores, figurinistas... Vamos deixar para os créditos finais do filme onde todos serão citados.
Claudio David (OVERDOSE)

Dick Siebert e Silvio Golfetti (KORZUS)

T.S.: Sei que teremos algumas ‘participações’ internacionais no filme também, pode-nos citar ao menos uma marcante?
MICKA: Na realidade não sei extamente quais participações internacionais você está mencionando. Lemmy (MOTÖRHEAD)fez apenas uma mensagem de apoio mas sem depoimentos. Teremos a participação de artistas nacionais com reconhecimento internacional, como Andreas Kisser, João Gordo, Iggor Cavalera, Andre Matos, Carlos Lopes, KORZUS, SARCÓFAGO...

T.S.: E o CD com músicas inéditas, conte-nos mais.
MICKA: Este foi um daqueles momentos impagáveis. Surgiu após termos captado boa parte dos depoimentos. Então pensamos: e se convidássemos algumas bandas para um CD com músicas inéditas? E foi assim! Conseguimos resgatar formações originais de muitas bandas, todos com muita alma e paixão e financiando as gravações do próprio bolso, sem buscar retorno financeiro. Todos são nossos amigos e tem nosso total respeito! Algumas bandas convidadas não puderam participar mas fazem parte dessa história. E em seguida conseguimos fazer o video clipe da música tema, o qual tornou-se o video clipe mais assistido da história do Heavy Metal brasileiro cantado em português!
Carlos Lopes (DORSAL ATLÂNTICA)

Hélcio Aguirra (HARPPIA, GOLPE DE ESTADO)
(in memorian)
T.S.: A ideia do crowdfundind foi inspirada nas campanhas que a DORSAL ATLÂNTICA fez nos idos de 2011 e o "Super Peso Brasil" fez em 2013?
MICKA: Já venho estudando este assunto desde 2010, observando este novo modelo se desenvolvendo em outros países. Nossos amigos da DORSAL e do "Super Peso" partiram para este modelo pois trata-se de algo muito bacana, envolvendo os verdadeiros interessados em determinado assunto.

T.S.: Economicamente a realidade brasileira é bem diferente daquela em que o país se encontrava no começo do projeto, como você está fazendo para convencer os contribuintes do crowdfundind a investir dinheiro nesse projeto?
MICKA: Sim, de fato estamos atravessando um momento econômico muito difícil e boa parte desta nova geração ainda não havia experimentado algo parecido. Porém, curiosamente esta era a realidade daqueles anos 80. As pessoas estão contribuindo pois acreditam que esta é a única forma de fazermos as coisas acontecerem, principalmente em se tratando de Heavy Metal nacional. 
  Este será o primeiro filme sobre o Heavy Metal brasileiro financiando pelos fãs, ou seja, eles serão os verdadeiros patrocinadores e isso é inédito e emocionante.
Jack Santiago (HARPPIA)

Julio Michaelis Jr. (SANTUÁRIO)
(in memorian)

Marielle Loyola (VOLKANA)

T.S.: Ainda nesse tocante, explique da melhor forma possível como está funcionando esse financiamento coletivo e como os fãs podem investir nisso e até quando vai o prazo?
MICKA: O projeto está caminhando bem e vai até o final de Março / 2016. Faltam poucos dias. Criamos diversas recompensas e entre elas produzimos um box incrível, feito de jeans e couro.
  É simples participar: entre no site www.brasilheavymetal.com e escolha uma recompensa. Você poderá ter seu nome nos materiais gráficos e nos créditos do filme tornando-se um IMORTAL.
  Importante: após o término da campanha não haverá venda em nenhum lugar, ou seja, somente quem participar da campanha terá os materiais, como o DIGIPACK DELUXE, Caneca, camiseta, chaveiro de metal, Box Exclusivo,pôster oficial, etc...
(Nota do Redator: dois dias depois desta entrevista, dia 10 de março a meta de R$80,000 foi ultrapassada com larga margem de vantagem, ou seja, o lançamento está mais do que garantido!)
Roberto Medina
(Rock in Rio)

Sérgio Dias
(OS MUTANTES)

Toninho Pirani
(revista Rock Brigade)

Walcyr Chalas
(loja Woodstock Discos)

 T.S.: Finalizo com o espaço totalmente livre para suas ideias e recados aos fãs/colaboradores.
MICKA: Tudo o que temos feito é em respeito ao fã e a história que vivemos. Esperamos emocionar os verdadeiros Headbangers com este documento histórico. Contamos com a contribuição de todos e queremos ver seu nome na galeria OS IMORTAIS.
Valeu!!

Ricardo 'Micka' Michaelis é produtor e idealizador do filme
documental "Brasil Heavy Metal" e
guitarrista da lendária banda de Heavy santista
SANTUÁRIO.



domingo, 6 de março de 2016

CAVERA - Metal nada usual do sul do país na promissora nova cena!


BANDA – CAVERA
DISCO – “Unfit for Rational Consumption”
ANO – 2016
SELO – Independente (www.caveramusic.com )
FAIXAS:
1.  Collision/
2.  Creatures/
3.  Mental Killer/
4.  Controlled by the Hands/
5.  Little General/
6.  Glistening Lips/
7.  Seven/
8.  Snuff Box/
9.  Time to Die/
10.      Calhordas/
11.      Unnamed Pills/
12.      More Lies/
13.      La Strega Rossa/ Senza Cura/


 Quando eu recebi esse disco, fiquei chapado com a capa, botei pra tocar e pensei “Fudeu! O que vou falar sobre esse play?”
  Não que não tenha o que falar sobre ele, é totalmente o contrário, tem muito o que dizer, muito mesmo e eu não sei se consigo, na verdade o que eu quero é que todos ouçam com a máxima calma na alma porque há um milhão de detalhes a serem absorvidos e degustados nesse primeiro disco dessa nova banda do Rio Grande do Sul formada por Rodrigo Rossi (v/g), Catiano Alves da Silva (g/bv), Leandro Mantovani (bx/bv) e Emerson Luiz dos Santos (bt).
  Pois esse primeiro disco vem num estilo inrotulável (se é que essa palavra existe... hehehe), uma espécie de mix entre Heavy, Thrash e Groove, com pitadas de um milhão de coisas e influências, ouvi em alguns detalhes sombras de KYUSS, SYSTEM OF A DOWN, QUEENS OF THE STONE AGE, ANTHRAX, MOONSPELL entre dezenas de outras que nem sei contar.

  O vocal é limpo e agressivo quando necessário, perigoso quando se pede e inteligente, as guitarras limpas e cortantes e a cozinha ‘gorda’ e vibrante.
  O baixo aparece bonito na intro da faixa ‘Snuff Box’ ditando a regra de uma canção curiosa que começa em italiano e segue em inglês.
  Tem umas guitarras no disco que lembram os timbres que Max e Andreas usavam nos idos do “Chaos A.D.” e uns vocais que me deixam com Jello Biafra na cabeça sei lá porquê. Por vezes a bateria vem atropelando todo mundo, tipo em ‘Time to Die’ e ‘Calhordas’ que, apesar do nome, é cantada em inglês mesmo, ao contrário da curiosa faixa que encerra o disco ‘La Strega Rossa/Senza Cura’ que é cantada em italiano.
  Permeia o disco todo faixas completamente ímpares e cheias de atrativos, ao invés d’eu ficar aqui enchendo o texto de palavras, faço melhor deixando os links para vocês conhecerem melhor esse play e depois, como bom fã do underground, se gostou, comprar o seu exemplar fortalecendo assim uma possível carreira duradoura de uma boa banda promissora de nosso país.